O cemitério clandestino onde estavam enterrados cinco corpos de pessoas ainda não identificadas foi encontrado pela polícia após um homem, de 29 anos, fugir para não ser morto por uma facção venezuelana conhecida por “Trem de Arágua”. O local é um terreno com área de mata entre os bairros Pricumã e Cinturão Verde, zona Oeste.
De acordo com a Força Tática do Bope da Polícia Militar (PM), enquanto fugia correndo da facção, o homem foi contido por moradores que achavam que ele estava invadindo as casas para roubar. Aos agentes, ele disse que a família havia sido sequestra pela facção.
Ele então apontou dois homens, um de 29 anos e um de 27, como sendo os membros da facção responsáveis pelo sequestro. Eles eram os mandantes de vários homicídios de venezuelanos no bairro Pricumã, de acordo com a polícia.
O homem era olheiro da facção e chegou a testemunhar vários homicídios e o momento em que os corpos foram enterrados. Ele mostrou aos agentes onde os corpos estavam.

Quatro pessoas foram presas por suspeita de ocultação dos cadáveres. Entre os corpos, havia duas mulheres que foram encontradas abraçadas e enterradas na mesma cova, informou à Rede Amazônica o delegado que acompanha a operação, Luciano Silvestre, da Delegacia Geral de Homicídios (DGH).
Uma força-tarefa das polícias Civil e Militar faz uma varredura no local em busca de mais vítimas.
“As investigações apontam que o local pode se tratar de um cemitério clandestino, possivelmente relacionado a atividades criminosas de um grupo de venezuelanos”, informou a Policia Civil.
“Até o momento, quatro pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento na ocultação desses corpos, mas as investigações seguem em andamento para confirmar a participação delas”, divulgou a Polícia Civil, às 19h27 dessa segunda.
Inicialmente, foram encontrados três corpos pela Força Tática do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Depois, mais dois. Além disso, foram achados roupas e sacos de cal próximos às covas.
Até às 19h30 equipes da Bope e da Polícia Civil seguiam no local fazendo a varredura no terreno. As investigações no local são conduzidas pela DGH. A Polícia deve divulgar informações atualizadas “à medida que o caso avançar, uma vez que as diligências ainda estão em trâmite no local.”
Por g1 RR